Hercule Florence como inventor da fotografia

Hercule Florence é uma personagem um tanto difícil de se conhecer, embora tenha sido o inventor da fotografia. Sim, isto mesmo! Existem provas documentadas que ele fez a primeira fotografia em 1830, muito antes da patente de Daguerre. Mas isto é um outro post…

Hercule Florence nasceu em Nice, França, em 1804 e desencarnou em Campinas,em março de 1879.

Hercule_Florence
 

Por Oscar Pereira da Silva – José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP, Domínio público

 

 

Ele foi o segundo artista viajante da Expedição Langsdorff e enquanto participava escreveu seus diários de bordo, além de se dedicar ao estudo dos sons e da poligrafia.

Ele foi um inventor que utilizava suas invenções para auxiliar nos processos de conhecimento científico aos quais estava engajado.

Muito pouco se estuda sobre ele, prncipalmente quando ele sai da expedição e se dedica a uma vida mais “pacata” em Campinas.

Mas prometo escrever muito sobre ele aqui, já que ele é objeto de meus estudos.

Marianne North, uma vitoriana entre nós

Marianne_North01Muito pouco se escuta falar desta fantástica mulher – Marianne North. Nascida em 1830 na Inglaterra vitoriana, esta mulher teve seus objetivos bastante definidos: queria participar de expedições científicas como pintora / ilustradora botânica.

Alheia à sociedade, que impunha a mulher o papel de mãe e esposa, ela se aventurou por vários territórios desconhecidos, como o nosso Brasil em 1872. Entre 1871 e 1885 participou de algumas expedições, deixando um legado que cerca de 800 pinturas, doadas ao Royal Botanic Gardens, em Kew. Destas viagens também existem 3 diários publicados.

Sua jornada começa com uma promessa no leito de morte de sua mãe, que pediu que ela não abandonasse seu pai sozinho. Como seu pai viajava bastante, ela o acompanhou durante 14 anos em outros lugares, como o Oriente Médio. Após a morte do pai em 1869, ela saiu a viajar pelo mundo, pintando “espécies exóticas” nas mais diferentes colônias / países dos trópicos.

O trabalho desta pioneira vitoriana no campo da Botânica e das Artes deve ser exaltado. Poucas mulheres deste período trabalharam em prol da Ciência de da Arte de maneira tão bela. Podemos imaginar o que é preconceito da sociedade contra uma mulher solteira, viajando pelas Américas e Africa em expedições formadas por homens, desenvolvendo um trabalho riquíssimo em termos de ilustração.

Era fácil ser Debret, era fácil de Rugendas. Mas com certeza não era fácil ser Marianne North.

A ela, todo meu respeito!