Sobre o que importa

Completei 58 anos na semana passada, dia 25. Como falei no post anterior, depois de um ano muito diferente, eu optei por passar o Natal com meu filho apenas e foi maravilhoso.

E agora vem o Ano Novo…

Em 57 anos da minha vida, no Réveillon, sempre passei com meus pais, meu filho, meus parentes, ex-marido, namorados, amantes, amigos!!! Passei com todo mundo. Foram 57 viradas de ano na companhia feliz de pessoas amadas.

Passei na praia, no campo, indo para Macchu-Picchu de carro, em casa, na casa dos amigos, dos pais, dos sogros… Enfim, em todo canto.

Mas este ano foi diferente. Resolvi passar sozinha em casa. Isso mesmo! so-zi-nha. E foi uma experiência única.

Já tinha elaborado meu cardápio. Fiz apenas o que eu gosto. Não fiz aquele prato que sou boa para agradar aos outros.

Fiz um delicioso lombo de bacalhau à portuguesa, arroz com lentilha à moda árabe e salada Waldorf, fazendo a própria maionese. Três pratos que amo, que não se combinam muito, mas fiz porque quis. E coloco várias expressões em negrito para reafirmar meu propósito egoísta de ter um tempo só para mim.

Making off da ceia

Sabe aquele cheiro delicioso de cebola dourando no azeite? Pois saboreei casa segundo desse odor maravilhoso que se espalhava pelo minha (nova) cozinha americana.

Enquanto preparava minha ceia, aproveitei para tomar aquele Portada rosé bem gelado, na minha taça de cristal que sempre tive medo de quebrar.

Coloquei no streaming de música apenas as músicas que quis. Não dividi com ninguém a minha playlist. Quantas vezes você escutou músicas que não queria/não gostava porque a maioria queria? Pois eu não fiz isso. Fui egoísta.

Enquanto isso, meus amigos falavam “vem pra cá, vai ser muito bom!”. Declinei algumas vezes, até que eles entenderam a minha proposta.

Se refleti? Não, esta noite não. Só aproveitei a melhor companhia – a minha. Coloquei meu vestido novo, comi, bebi, dancei, fui feliz.

E agora? Já estamos em 2024 começando um novo ciclo reencarnados. Como estou? Muito feliz por este momento totalmente egoísta. Foi muito bom.

Dia 01/01/24. Temos 366 dias pela frente para vivermos. E espero que todos tenham passado um réveillon tão maravilhoso como eu.

Até a próxima!

O primeiro luto

Dia desses, conversando com um amiga, ela me disse que o luto dura um ano. A cada data importante um pedaço de nós se quebra, sofremos e lembramos a ausência.

A cada data importante durante o primeiro ano, a dor ressurge, e nos pegamos repetindo: é o primeiro aniversário, primeiro dia das Mães, tudo sem a pessoa que amamos.

Imagem de Anemone123 por Pixabay

Foi assim no aniversário do meu filho. Mesmo que a gente tivesse sem grana, ela fazia questão de comprar pelo menos um bolo para cantar parabéns. E tinha se passado apenas 15 dias do desencarne da mamãe e eu me lembrei dela falando do bolo.

Sem qualquer vontade, combinei de comprar o tão falado bolo e Johann o levou para a casa dos amigos, durante a reunião. Não consegui fazer mais do que isso. Ano que vem, quem sabe?

Primeiro luto. Ainda me dói saber que vem o Dia das Mães, o Natal, e tantas outras primeira vez até fechar este ciclo.