E 2023 já foi…

E hoje, ao compreender que esta é a última sexta-feira do ano, me pego a pensar o que estava fazendo neste momento, a quase um ano atrás. E lembro de estar pachorrentamente sentada na varanda da minha casa, olhando para os passarinhos se escondendo do calor que banhava de suor todo o Rio de Janeiro.

Eu já havia chegado de Ipatinga – MG há alguns dias e tinha corrido para fazer as compras do Reveillón, pois não há nada pior que supermercado cheio em vésperas de fim de ano. Então me dei ao desfrute de pensar no que faria em 2023. Ah… nossos audaciosos planos…

Olhando para meu jardim, eu pensava em fazer algumas mellhorias, principalmente na área do orquidário e da hortinha, pois o sol deveria cada vez mais castigar aos cariocas nos próximos verões. Também estavam na conta um portão eletrônico.

Terminar meu doutorado, quem sabe fazer um breve estágio na Irlanda, terra do meu querido Bram Stoker. Pegar o carro e viajar pelo Brasil, pois a bicharada ia ficar com meu filho em casa. Escrever meu livro sobre as mulheres naturalistas.

Audaciosa que sou, fiz uma lista de planos para o futuro, de janeiro a dezembro, pensando que o Universo gira ao meu deleite.

Esqueci de perguntar para as Moiras o que elas reservaram para mim. E na verdade foi tudo o que não planejei.

(imagem: John Melhuish Strudwick – As moiras com o fio da vida. 1885)

Não vou escrever um post longo e enfadonho, contando tudo, mas vou fazer um breve resumo. Tive que fazer uma cirurgia e acabei atrasando meu doutorado. Meu filho se mudou de casa e uma casa gigante para uma pessoa apenas (eu) se tornou inviável de administrar.

Assim vendi minha casa, me mudei para um pequeno apartamento com meus pets, peguei COVID e não pude viajar no período desejado. Com isso tudo eu não consegui espaço para escrever meu livro e o tema se tornou – momentaneamente – minha qualificação do doutorado.

E cá eu, já com tudo comprado para o reveillón (que quero passar sozinha), fechando o expediente do ano tomando um vinho rosé portugues bem gelado e rindo de mim mesma enquanto digito essas breves reflexões.

Se tenho planos para 2024? com certeza! e muitos! se vou me esforçar para cumpri-los? com certeza! e se as moiras resolverem me dar uma nova rasteira? Tudo bem! Afinal o que importa levar da vida de forma leve. E é isso que desejo a todos que estiverem lendo este post, e mesmo os que não lerem também!


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